Tentar ser o que não somos ou não podemos ser
Abusar da sorte que um dia nos abraçou
Desanimar no momento oportuno
Ir a luta sem destino

Lutar por lutar, chorar e sorrir
Ó belas flores que me rodeiam!
Porque estás aqui?
Neste momento de dúvidas e crueldade!

Que belas poesias e contos nos cercam
Cheios de encanto e pureza
Cada qual na sua classe
Cada qual no seu âmbito

Quão difíceis são de entendê-las!
Parece-me algo inconstante ou talvez intermitente
Suada estás minha face, ó face que às vezes desconheço
Tão súbita és para meu íntimo!

Existem casos e fatos
Ó tristeza que abriga-se em meu peito
De ver tanta injustiça e quase nada poder fazer!
Porque me procuras, ó tragédia diária!

Seu projétil, dizem que é perdido
Ignorância humana
Que desfalece nosso coração
Tentando nos iludir

Suas palavras são prolígeras, tanto quanto suas armas!
Sentimento sem causa
Estás a mercê da sua própria insignificância!
Busco minha alforria em suas palavras

Busco meu próprio eu, busco não lhe escutar.